Cuidado, amanha vão soltar os vampiros
A tão aguardada (por alguns) estreia da sequela de Twilight chega amanhã às salas portuguesas. É melhor ter cuidado com a histeria que vão ser estes dias. Para ajudar os mais desatentos, resolvi criar um mini-manual de prevenção:
  • Evitem as filas das bilheteiras dos cinemas durante as horas de ponta. As adolescentes impacientes podem-se descontrolar.
  • Nunca, mas nunca vão ver New Moon nas primeiras duas semanas. É potencialmente perigoso partilhar a sala de cinema com tantas fãs dos vampiros.
  • Nunca falem mal de New Moon, ou digam "New Moon?! Que filme é esse?" à frente de raparigas com menos de 20 anos.
  • Usem um colar de alhos ao pescoço sempre que vão à rua. É melhor prevenir...
Todo este humor e sarcasmo para dizer: amanhã rebenta em Portugal a febre da vampirada. E promete atingir mais pessoas do que a Gripe A.
Posters de Nine



Excelentes notícias para Harry Potter
Excelentes condições para o regresso de John Williams, mesmo a tempo de concluir a saga Harry Potter. Segundo o IMDb:

"Composer Nicholas Hooper turned down the opportunity to score the final two films, saying that working on Harry Potter and the Order of the Phoenix (2007) and Harry Potter and the Half-Blood Prince (2009) took a toll on his family's personal life."

Só por si, a saída de Nicholas Hooper da composição da banda sonora dos últimos dois filmes é uma excelente notícia. Mas há mais:

"John Williams, who composed the scores to the first three films, has expressed interest in returning to score The Deathly Hallows."

Estão criadas as condições para John Williams, que criou temas musicais inesquecíveis na história do cinema (Superman, Star Wars, Indiana Jones, Jurassic Park, entre muitos, mas mesmo muitos, outros) regresse à saga Harry Potter para que esta termine com uma banda sonora à altura.
2012
O Apocalipse dos filmes catástrofe.

Roland Emmerich já nos enviou extra-terrestres para nos destruir (The Independence Day), já ameaçou a população com um lagarto gigante (Godzilla) e já nos congelou o hemisfério norte (The Day After Tomorrow). Como se ainda não bastasse, agora rebentou com o planeta inteiro.
Quanto à história, não há muito a dizer. Em 2009, cientistas descobrem que, devido a fenómenos solares, a crosta terrestre está prestes a sofrer transformações drásticas. Os líderes mundiais depressa arranjam um plano de construir autênticas Arcas de Noé no Tibete. Em dois anos, conseguem miraculosamente (este filme está cheio de miraculosamentes) construir tais monstros da engenharia em segredo mundial. Extraordinariamente, esta foi a parte que mais gostei do filme, em que vemos como é que numa situação extrema se concebe um plano de sobrevivência deste calibre.

Para além deste projecto de sobrevivência megalómano, que a pouco e pouco é-nos revelado, o filme segue a aventura miraculosa de Jackson Curtis (John Cusack) e sua família na tentativa de sobreviver à catástrofe global. Desde as ruas caóticas da Califórnia, às montanhas geladas da China, é impressionante como tudo acontece ao milímetro. Onde Jackson e a sua família pisam, no segundo seguinte está tudo destruído. Guiando por ruas misteriosamente sem trânsito e atravessando prédios inteiros em Los Angeles, escapando num jacto por entre uma cidade em ruínas, fugindo numa caravana de um vulcão em explosão, até escapar de um avião dentro de um Bentley, esta família consegue tudo e mais alguma coisa tornando este filme o ex libris das impossibilidades, coincidências e milagres. No fim de contas, a família atravessa o Pacífico com a ajuda de personagens que são autênticas caricaturas de estereótipos e após coincidências que nos deixam um cheiro nauseabundo a forçado, encontram e conseguem entrar nas enormes arcas de salvação (tão sofisticadas e seguras que permitem que vá tudo por água abaixo graças a alguém que conseguiu entrar sem ser convidado e encravou tudo com um simples cabo) que, em vez de terem espécimes férteis da espécie humana, estão cheias de velhos milionários.

Os efeitos especiais deslumbram na caótica destruição do planeta, quer seja pelo tsunami a invadir as montanhas do Tibete, a queda do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, a parafernália de caos nas ruas de Los Angeles, ou ainda o porta aviões John F. Kennedy a destruir a Casa Branca. Vale a pena ir ver ao cinema. Mas só por isto. Não contem com mais nada de novo. O resto é o de sempre já visto e reciclado. Um conjunto de situações e personagens cliches que deixam o espectador a adivinhar o que se vai passar. Não fosse o elenco de grandes actores, 2012 ainda metia mais água. É pena as personagens serem meros fantoches. O Chefe de Gabinete do Presidente (Oliver Platt) é perspectivado como o mau carácter, como já é costume neste tipo de personagem pragmático, mas que toda a gente precisa neste tipo de situações. A filha do Presidente (Thandie Newton) é uma mera figurante. É vendida como sendo uma personagem de alguma relevância, mas no final não passa de um muitíssimo forçado par romântico para o geólogo Hemsley (Chiwetel Ejiofor), já que o filme era exactamente igual sem ela. Esta corrida desenfreada de sobrevivência não dá sequer espaço para desenvolvimento dos personagens, embora também não seja preciso muito, porque já todos conhecemos estes heróis dos filmes americanos...
Concluindo: 2012 tem efeitos especiais, efeitos especiais e ainda efeitos especiais.


Uma Curta da Pixar: George and AJ
Ao que parece esta curta-metragem em 2D só estará disponível no Blu-Ray de Up. De qualquer forma, aqui fica a curta exclusiva do filme Up que segue os dois empregados do lar de Shady Oaks, depois de presenciarem a fuga de Carl na sua casa voadora. Esta curta vem no estilo de animação de Your Friend The Rat. Foi escrita e realizada por Josh Cooley.


Julie & Julia
Uma agradável comédia que nos dá vontade de fazer algo excepcional. Sim, somos normais, não somos excepcionais, mas podemos fazer muito mais do que aquilo que somos.
Com muitos paralelismos, o filme retrata duas histórias reais que se cruzam apenas através da cozinha. Julia Child (Meryl Streep) a fazer crescer a sua paixão pela cozinha na França da década de 50, simplesmente porque não tinha nada para fazer. Julie Powell (Amy Adams) em Nova York pós 11 de Setembro a ser salva de uma crise existencial através do livro de Child "Mastering The Art Of French Cook".

Julia Child: a corajosa, forte e amorosa americana que foi viver para Paris depois da 2ª Guerra Mundial descobriu a sua paixão e talento para a cozinha por um simples razão: adorava comer e não tinha nada para fazer. Os maneirismos de Streep e o seu dom para domar qualquer sotaque deram-nos uma Julia Child que facilmente nos convence da riqueza da pessoa e da sua entrega à cozinha. Pode parecer demasiada caricatural, mas bastará ver um dos antigos vídeos dos programas de culinária de Julia Child, que nos apercebemos rapidamente que ela é tão entregue, energética e característica quanto Streep a representa. O seu marido Paul (Stanley Tucci) tem uma tamanha importância em toda a personalidade de Julia que, sem esta dinâmica do casal, a sua vivacidade e alegria de viver não seriam a mesma. Desde os gags hilariantes de Julia Child na escola de culinária, até à emocionante concretização do seu livro, a deliciosa história da famosa cozinheira tem um gostinho especial só possível graças à ternura e simplicidade de Streep.

Julie Powell: a trintona, frustrada e sonhadora americana que trabalha num cubículo que não a deixa subir na vida. A sua vontade de querer fazer algo na vida de que se orgulhe leva-a a pegar no livro de receitas de Julia Child. 365 dias, 524 receitas. Um blogue onde regista o seu ano de entrega, sacrifício e concretização que a pouco e pouco tem cada vez mais seguidores. O seu fascínio por Julia chega a ser enternecedor a ponto de ser impossível não sentir compaixão pela determinada aspirante a escritora/cozinheira. Tal como para Julia, o marido de Julie (Chris Messina) torna-se mais do que um apoio, uma peça fundamental para esta se manter inteira e realizar-se pessoalmente. A promissora Amy Adams transmite uma doçura que derrete os corações de manteiga que se vão deliciar com estas duas horas tão agradáveis que, depois de ver o filme, dão uma vontade enorme de cozinhar um proeminente boeuf bourguignon. Tudo isto com comédia e drama q.b.
Não esquecer a partitura de Alexander Desplat (The Curious Case Of Benjamin Button) que recheia o filme com uma saborosa melodia. Nora Ephron consegue ainda sublinhar a importância de sermos normais. Não somos fantásticos nem conseguimos feitos grandiosos. E depois? Qual é o mal? Mesmo assim, saio da sala de cinema com uma vontade enorme de concretizar algo. Ainda bem. Que todos os filmes fossem assim. Uma receita perfeita para fugir aos apocalipses e aos vampiros que assombram as salas de cinema neste Inverno.


Um trailer repetitivo para It's Complicated


Mais um trailer de It's Complicated que pouco ou nada adiciona ao sobre o filme. Tal como este post, que pouco ou nada adiciona ao primeiro.
E o realizador de Piratas das Caraíbas 4 é...

Para mim foi uma surpresa saber que Rob Marshall (Chicago, Memoirs Of A Geisha e Nine) será o realizador da quarta aventura de Jack Sparrow. A notícia já foi confirmada pela Disney e pelo próprio realizador. Esta mudança radical, já que Marshall tem um currículo curto, mas muito bom, é capaz de levar Pirates Of The Caribbean: On Stranger Tides no rumo certo. Isto é, não tornar o filme em apenas mais um, porque sabemos muito bem que este filme só existe para satisfazer a sede da Disney por dinheiro.
Guido Contini e o cinema italiano: 2º trailer de Nine


Um dos filmes mais esperados do ano, e que será um dos favoritos na noite dos Óscares, é Nine. Depois de Chicago, Rob Marshall regressa com mais uma adaptação musical ao grande ecrã.
Dogthoot vence o Estoril Filme Festival
Não tive lá muita sorte, que não tive possibilidade de a ir mais do que três dias de festival. Antes o pouco e bom que tive do que nada. Aqui fica o trailer do filme vencedor: Dogthoot.

Para o ano há mais!
As Ante-Estreias do Estoril Film Festival (8)


Antichrist de Lars von Trier (13/11)
Eu, no Estoril Film Festival (8 de Novembro)

Um dia para não esquecer!

Cheio de ansiedade por ver Francis Ford Coppola na mesma sala de cinema que eu, este seria o dia alto de todo o festival. Lá parti para o Estoril com os nervos à flor da pele. Cheguei bem a tempo de ver o Moon. Arranjei um bom lugar, na fila do júri do festival, algumas cadeiras à minha direita lá estava o David Byrne. Moon foi e não foi o que eu pensava. Estava à espera de um bom filme (e assim foi), mas não pensei que tivesse aquela abordagem. A história de um homem sozinho numa estação espacial na Lua durante três anos, cujo único contacto era com um computador, dava pano para mangas para um drama psicológico. Assim foi, mas não tão tão directo como eu esperava. Cheguei a ficar confuso e a torcer o nariz ao caminho que o filme estava a levar, mas lá para o fim fiquei convencido com aquele enredo futurista-negro. Sam Rockwell contracena com ele próprio e com a voz de Kevin Spacey (o computador de serviço da estação espacial). Entre a ficção científica e o suspense, Moon tem uma boa performance que vale a pena ir assistir ao cinema.
Depois deste título de ficção científica, esperava-me o drama familiar de Coppola, Tetro. Não me afastei muito do auditório e fui logo dos primeiros a entrar, garantido assim um bom lugar (na coxia, para mais facilmente tentar garantir o tão desejado autógrafo). A multidão foi preenchendo o auditório, ficando assim as 600 pessoas à espera de Francis Ford Coppola: a estrela da noite (da semana, do mês, sei lá). Entre essa vaga de espectadores, os fotógrafos preferiram o tão famoso ex-ministro da economia, Manuel Pinho. Depois da sala composta, deu entrada Coppola que subiu ao palco sob a audiência que aplaudia em pé a entrada do cineasta. Muito bem disposto, fez uma pequena introdução ao filme e escapuliu-se para fora da sala (estava à espera que também fosse assistir connsco). Bem, quanto ao filme, só digo que é um dos melhores filmes de Coppola e, sem dúvida, o mais pessoal. Não é a minha opinião, foi o próprio realizador que na conversa com o público, que durou cerca de uma hora, fez questão de sublinhar a importância de o filme ter sido pago por ele. Deu-lhe toda a liberdade criativa para fazer o filme que queria, como queria, com quem queria.
A história do drama familiar de dois irmãos que se reencontram após anos de ausência, está soberbamente construída. Desde a relação entre os dois, às personagens secundárias (todas elas cheias de uma personalidade própria e deveras importantes para todo o conflito da família Tetrocini). Desde o re-encontro ao desenvolvimento final, a evolução da relação dos dois irmãos e a revelação dos problemas familiares que sofrem tem um ritmo próprio, com acontecimentos dramáticos e cómicos que deixam o espectador confortável, já quase nem se apercebendo que o filme é a preto e branco (depois de ver o filme, penso que não o iria querer ver a cores).
Bem, depois do filme, Coppola voltou a subir ao palco do auditório, novamente com uma multidão a aplaudir com vigor, desta vez acompanhado por Paulo Branco e dois elementos da sua equipa técnica. As pessoas que não tinham bilhete para o filme entraram na sala para ouvir o realizador, preenchendo os corredores da sala. Com centenas a ouvi-lo, Coppola foi respondendo às perguntas dos portugueses que tanto queriam conhecer melhor o mestre por detrás de The Godfather (e eu fui um dos que falou para ele!!!!). Com uma postura descontraída, Coppola conduziu muito bem a conversa com o público que ouvia maravilhado (pelo menos eu estava). Não vou aqui mencionar tudo o que lhe perguntaram e que ele respondeu, mas entre perguntas sobre Tetro, a oferta de uma garrafa de Vinho do Porto, e outros filmes do realizador, não podia deixar de ser mencionado The Godfather. Coppola soube brincar com o filme que o persegue e que o lançou como um dos maiores cineastas do seu tempo. Ao ver alguns fãs a acenar com os DVD's de The Godfather, desabafou entoando o tema musical do seu filme que mais sucesso teve: "At least I don't have to hear Tarataranana...". À saída, muitos esperavam o seu autógrafo. Não assinou mais do que a três ou quatro pessoas e saiu. A melhor: eu fui um dos três ou quatro. Agora tenho em casa a capa do DVD do The Godfather autografada pelo próprio Coppola. O meu dia não podia ter corrido melhor!!!!!!!!!!!
O 1º trailer de Clash Of The Titans



Era desnecessário um trailer rock.
Novo Poster de Alice In Wonderland


Eu, no Estoril Film Festival (7 de Novembro)

A prova de que os filmes portugueses não são ou chatos, ou com seios à mostra.

Cheguei um pouco antes do tempo e deparei-me logo no lobby de entrada com não sei quantos "morangos". Para além destes, que não interessam nada, fiquei surpreso ao ver Miguel Guilherme (o António Lopes de Conta-me Como Foi). Um grande senhor, tenho pena de não ter lá papel e caneta para lhe pedir um autógrafo. Vagueei por lá e, pouco depois, lá entrei para o auditório no Centro de Congressos. Encontrei um bom lugar ao centro, na parte de trás. Dava para ver tudo. Entraram mais uns tantos actores conhecidos da televisão, entre eles, Rogério Samora (lembrei-me logo do Scar d'O Rei Leão). A sala compôs-se, quase cheia, e depois o realizador, Fernando Lopes, entrou ao som de uma salva de palmas e apresentou o filme. De seguida, começou Os Sorrisos Do Destino.
Com Ana Padrão e Rui Morrison a darem toda a personalidade e força que os seus personagens pediam, o filme dá conta de, pelas palavras do próprio realizador, infidelidades electrónicas e amores virtuais. Este grito de revolta contra as tecnologias de comunicação que têm afastado as pessoas foi a clara mensagem que Fernando Lopes fez passar, que, com muita emoção, fez questão de sublinhar perante toda a plateia. Era claro o seu gosto em estar frente a frente com o seu público e olha-lo de olhos nos olhos. Os actores do filme produzido por Paulo Branco juntaram-se ao realizador para a conversa com o público. Após duas perguntas de estudantes de cinema que me deixaram a rir por dentro e a bocejar por fora ("Qual é o segredo para fazer uma obra prima como esta?" "Que conselhos dá a jovens realizadores...."), decidi ir embora e tentar chegar a casa mais cedo. O dia seguinte, esse sim ia ser em grande...
As ante-estreias do Estoril Film Festival (7)


(500) Days Of Summer de Marc Webb (13/11)
Posters de Clash Of The Titans
Ainda não foram lançados oficialmente (daí a baixa qualidade), mas aqui ficam os primeiros posters de Clash Of The Titans.

Eu, no Estoril Film Festival (6 de Novembro)
Na minha primeira incursão num ambiente tão cinematográfico, que eu próprio me sentia pequenino, tive logo um dia em grande.

Sozinho, mas com toda a vontade, comecei por Décalage Horaire (Danièle Thompson, 2002), que faz parte da homenagem a Juliette Binoche. Com Jean Reno, o filme é um agradável romance, sobre duas pessoas muito diferentes que se conhecem num aeroporto. O filme ganha pela sua simplicidade, e pela sua "pequenez". Mas não vou aqui falar mais do filme. Muito já foi dito com certeza.
Após sair da sala de cinema do Casino Estoril (olha, um famoso: o Marco Horácio), fui para o Centro de Congressos. Já tendo o passe do festival, fui levantar os bilhetes para o documentário da noite e para as sessões a que fazia conta de ir no fim de semana: Os Sorrisos Do Destino, Tetro, (ups esqueci-me de comprar para o Moon). Eram cinco e pouco, ainda faltava uma hora para a sessão de autógrafos da Juliette Binoche. Fui ver as exposições.
Portraits In-Eyes, é um conjunto de pinturas, auto-retratos e frases poéticas que resultam de um trabalho de Juliette em que pintou os seus realizadores, escreveu para eles e retratou as suas personagens. O resultado é um trabalho fantástico que ilustra as dezenas de filmes da sua carreira. Um talento escondido da actriz francesa mais prestigiada internacionalmente.
De seguida, fui ver a exposição de David Cronenberg: Chromosomes. É um conjunto de painéis, feitos a partir de fotogramas dos diversos filmes do realizador. Fiquei absorvido pelo conjunto de 4 fotogramas que ilustram duas mãos a transmitirem um caderno uma a outra. Fantástico.
Ainda pouco passava das cinco e meia. Fui ao Espaço Fnac onde iria ser a sessão de autógrafos. Montaram um pequeno espaço com sofás, três televisões com The Godfather Part II, The Curious Case Of Benjamin Button, e um outro filme que não identifiquei. Várias prateleiras com DVD's, CD's e livros. Tudo, como não podia deixar de ser, baseado nas estrelas que o Festival iria receber. A multidão começava a juntar-se à mesa onde às 18h estaria Juliette Binoche. Já passavam das seis e nada. Ouvi uma mulher do Staff a comentar com Paulo Branco, que a maquilhadora de Juliette atrasara-se no trânsito. Já estava uma fila considerável. Decidi desistir do meu lugar nos primeiros vinte da fila e fui à rua. Estava frio. Dois carros estavam a bloquear o acesso ao Centro de Congressos. Paulo Branco estava enervado com a situação. Continuei lá fora. Já eram quase 19h quando o carro que trazia Juliette e a sua irmã chegou. Primeiro confundi as irmãs. São parecidas. Mas depois o carro deu meia volta e Juliette saiu. Ela é ainda mais bonita que nos filmes.
A multidão aplaudiu e os flashes começaram. Começaram os autógrafos. Fui para o final da fila. Tive boas pessoas à minha volta. Um casal simpático, duas senhoras com mais idade, e um senhor que era um bom apreciador de cinema. Sem saber, já me deu uma dica para uma próxima aquisição: Les Uns Et Les Outres (1981). Muito vagarosamente a fila avançou e Paulo Branco já ameaçava que nem todos poderiam ter autógrafo. As restrições aumentaram: "só dá um autógrafo por pessoa"; "já não há fotos"; "não demorem". A Mademoiselle Juliette já deveria estar farta de assinar coisas quando chegou a minha vez. Tanto pensava como me ia dirigir a ela, que na altura esqueci-me de lhe dar a minha caneta e acabou por assinar com a caneta de feltro que tinha à sua disposição. Lá ficou registado: "Pour (meu nome) With Love, Juliette Binoche".
Já passava da hora do documentário, e foi um apressar, porque a sua presença era essencial. Juliette Binoche Dans Les Yeux é um documentário de Marion Stalens (a irmã de Juliette), sobre a própria Juliette. O filme de 50 minutos fez-me conhecer a estrela de cinema como nunca a conhecera nos filmes ou entrevistas. Um olhar muito pessoal e intimista sobre a pessoa, actriz e artista, Juliette Binoche. A sua participação num espectáculo de dança, a que se entregou de corpo e alma. As suas pinturas que a deixam guardar um pouco de si, o que sobrou dos filmes, das personagens, das histórias. O que vai na sua cabeça. No final, a multidão que enchia o auditório explodiu num aplauso às duas irmãs. Seguiu-se a conversa com o público. Perguntas aqui e ali, umas mais interessantes que outras, agradecimentos pelo documentário, elogios, e Juliette sempre a responder com uma alma e uma força que conseguiu transmitir para as centenas de pessoas, com uma espontaneidade maravilhosa. Já se fazia tarde, tinha ainda que ir de comboio para Lisboa, mas fiquei até ao fim. Mais um aplauso estrondoso para as irmãs, e por aqui terminou este dia fantástico.
As ante-estreias do Estoril Film Festival (6)


The Girlfriend Experience de Steven Soderbergh - 12/11
As diferenças entre a Pixar e a Dreamworks Animation
Para quem quiser uma comparação com números: link.
Xeque-Mate, Darth Vader!
Há coisas fantásticas não há? Este tabuleiro de xadrez deixa qualquer um (jogador de xadrez ou não; fã de Star Wars ou não) maravilhado com esta peça de colecção. Quanto ao preço.... $549,95!! Jogar com Luke Skywalker e Darth Vader num tabuleiro de xadrez é só para quem pode...

Temos apresentadores!
Depois da recusa de Hugh Jackman para voltar a ser o anfitrião da cerimónia dos Óscares, foi encontrada a solução. A apresentação da cerimónia, que irá decorrer a 7 de Março de 2010, estará a cargo de uma dupla. E que dupla: Steve Martin e Alec Baldwin. O primeiro já apresentou a cerimónia em 2001 e 2003, enquanto que Baldwin se irá estrear como anfitrião. Desta é que eu não estava à espera. Não há como desapontar. Steve Martin já chama a Baldwin "o seu inimigo". Ahah. Isto promete...
A propósito, os dois actores fazem parte do triângulo amoroso que envolve Meryl Streep no filme por estrear It's Complicated.
Mais um futuro blockbuster que ganha trailer


Pelas mãos da Disney e de Jerry Bruckheimer e realizado por Mike Newell (Harry Potter And The Goblet Of Fire), Prince Of Persia: The Sands Of Time promete ser outro dos sucessos de bilheteira do próximo ano.
O próximo da Dreamworks Animation
How To Train Your Dragon é a aposta da Dreamworks Animation para o próximo ano, até têm pessoal da Disney na realização e argumento. À partida, com uma boa história, tem potencial para ser um bom filme.



Naaaaaaa! Deve ser o costume (vamos a ver se não engulo as minhas palavras...).
As ante-estreias do Estoril Film Festival (5)


Bright Star de Jane Campion - 11/11
There's no business, like Terminator business


E numa época em que o cinema é cada vez mais um negócio, em que as produtoras escolhem os filmes consoante o lucro que poderão obter, em vez da qualidade dos mesmos, o The Finantial Times publicou que a saga Terminator (Christian Bale incluído) está à venda ao mais alto licitador. Será que James Cameron tinha intenção que Terminator se tornasse um objecto de compra e venda para empresários? Pode ser que alguém, que já esteja farto de ver o Terminator a ser (des)aproveitado, se lembre de ir buscar uns milhõezinhos que tenha de parte, compre a franquia e guarde os direitos da saga lá numa gaveta. E que tranque a gaveta. E que deite a chave fora.
Bem melhor (2)
Parece que com este novo template as datas dos posts são um problema. Vamos a ver se isto se resolve...
As ante-estreias do Estoril Film Festival (4)


Tetro de Francis Ford Coppola - 8/11
O 1º trailer de Invictus


Um grande senhor do cinema, a interpretar um dos maiores seres humanos vivos.