Maravilhas de 2009: Up

Bastaria dizer que é um filme da Pixar, para podermos à partida considerá-lo uma maravilha. Mas posso dizer mais do que isto. Pela história enternecedora, pela comovente montagem de 6 minutos do início do filme, pela aventura empolgante que nos excita como só me lembra as aventuras de Indiana Jones, pelas personagens riquíssimas, pelos cenários belíssimos, pela música fantástica. Bem, que mais haverei de dizer... Depois de Monsters Inc, Pete Docter traz-nos um velhote que enche a casa de balões e parte rumo à América do Sul com um escuteiro irrequieto. Haverá mais original do que isto?

Up
A maravilha de andarilho para todas as idades
Maravilhas de 2009: (500) Days Of Summer

É nada mais do que a história de rapaz conhece rapariga. Mas a partir desta premissa simples e vulgar, construiu-se um filme mágico, fresco e que não sabe a nada do que já tenhamos visto. Podemos rir de felicidade, angustiar de tristeza, mas no fim ficamos com aquele enorme sorriso de querer viver e a pensar na beleza que a vida é, e em como podemos encontrar um amor já ao virar da esquina. Vale a pena, nem que seja pela sensação que nos deixa após o fim. Com uma vontade enorme de amar.

(500) Days Of Summer
A maravilha apaixonante
Maravilhas de 2009: Slumdog Millionaire

Todos os anos, um filme que discretamente faz o seu percurso, entra sem convite na época de prémios e revela-se como surpresa do ano. Foi assim que o filme inglês-indiano de Danny Boyle arrebatou prémios e mais prémios e pôs os espectadores a rejubilar de alegria. A dura história de amor entre dois jovens no coração da Índia, que tem um ponto fulcral no famoso concurso Quem Quer Ser Milionário, encantou pelo percurso dos trio protagonista por uma vida difícil, sacrificada, mas no fim, acabam todos a dançar. A par de Avatar, um dos filmes mais sobrevalorizados do ano, mas não deixa de ser o feel-good movie de 2009.

Slumdog Millionaire
A maravilha das Índias
Maravilhas de 2009: The Curious Case Of Benjamin Button

Infelizmente, saiu como o grande derrotado nos Oscars, mas não foram as nomeações defraudadas que desfizeram a maravilhosa fábula que David Fincher nos contou como ninguém. Não foram só Brad Pitt, Cate Blanchett ou Taraji P. Henson que fizeram deste conto fabuloso, uma verdadeira fábula contada numa sala de cinema. Desde as suas desventuras em New Orleans, ao seu amor com destino trágico, toda a vida de Benjamin Button é uma delícia cinematográfica que encanta qualquer um que a veja. Ainda me lembro: nunca me senti tão confortável numa sala de cinema.

The Curious Case Of Benjamin Button
A maravilha que rejuvenesce
Maravilhas de 2009: Doubt

Não só demonstrou o quanto Meryl Streep merece o já muito demorado terceiro Óscar, como confirmou que um excelente filme não precisa de efeitos especiais, romances, super heróis, histórias improváveis, tiros, perseguições, Megan Foxs ou outros ingredientes que façam parte das receitas fáceis da Hollywood dos tempos de hoje. Uma história muito boa entre freiras, um padre e uma criança e interpretações soberbas fazem desta adaptação da peça de teatro de John Patrick Shanley (que é também o realizador) um dos must see de 2009.

Doubt
A maravilha que veio do teatro
Maravilhas de 2009: Avatar

Foi o filme que fechou esta década com chave de ouro e que, apesar de toda a preguiça argumentativa, se impôs como algo novo e revolucionário que está a pôr Hollywood em polvorosa, com a miragem de uma possibilidade de salvar a indústria. James Cameron regressou doze anos após Titanic com uma vontade imensa de gritar "I'm the King of the World". Conseguiu maravilhar-nos no cinema, utilizando a tecnologia 3-D (que agora está muito na moda...) como ainda nenhum filme tinha aproveitado, mas após a exaltação do momento, ficamos a torcer o nariz ao argumento reciclado, aos diálogos lamentáveis, às personagens clichés e ao desenrolar previsível. Mesmo assim é obrigatório ir ver ao cinema (é tão bom voltar a ver a Sigourney Weaver) e não deixa de ser um dos filmes do ano (talvez da década).

AVATAR
A maravilha Azul
Duelos de Natal (25/Dez)
Dia de Natal: muitas prendas (ou talvez não)

A televisão estatal decidiu estrear Harry Potter And The Order Of The Phoenix. Desta vez não fizeram a asneira de transmitir a versão dobrada.
Na SIC, um triste filme de cãezinhos a falar português, Uma História de Encantar (também dobrado em português), a Todos um Shrek Natal (não nos iremos livrar desta curta todos os Natais) e, antes do Jornal da Noite, Ratatouille, uma delícia de Natal.
A TVI voltou a repetir (como é tradição no Natal) o Sozinho em Casa 3, depois estreou uma comédia com Danny DeVitto sobre vizinhos que se tornam inimigos por causa da comemoração do Natal (um enredo que já criou muitos filmes...) e, para o final de tarde, a comédia À Noite no Museu.
À noite na RTP, é para esquecer. Safa-se a SIC com uma curta do Kung Fu Panda, seguida do Spiderman 3 (que é mesmo mau), seguido da inúmera repetição do ainda pior Vestido a Rigor com o Jackie Chan (e ainda o segundo Senhor dos Anéis pela madrugada fora). Pior do que isto, só mesmo a TVI com novelas e só perto da meia noite é que estreou O Sexo e a Cidade (que não desgostei, mas que a TVI resolveu assassinar pondo novelas no horário nobre da noite de 25 de Dezembro e adiando o filme para acabar quase às duas da manhã).

Só ganha a SIC pela capacidade de manobrar melhor o horário dos filmes, apesar de nestes dois dias ter exagerado na programação infantil (e ouvi dizer hoje que o Wall-E foi cortado - IDIOTAS).

Melhores Escolhas: SIC 3 - 0 TVI

[Actualização]:

Bem, a TVI cometeu o erro de adiar O Sexo e a Cidade para depois das novelas. Resultado: o mais que repetido filme do Jackie Chan ganhou ao filme da famosa série de TV. O Homem Aranha foi o rei da noite. Não ganhou em audiências, mas ganhou em share às novelas da TVI. Quanto à RTP1, a escolha de pôr Harry Potter às 15h não deu bons frutos: 20% de Share. Aqui é indiscutivel... A SIC saiu vencedora. Ratatouille foi o 6º programa mais visto do dia (URRA!), ganhando ao À Noite No Museu à mesma hora. Desta vez, a SIC mereceu.

Audiências: SIC 2 - 1 TVI
Feliz Natal para todos
Duelos de Natal (24/Dez) [Actualizado]
Véspera de Natal. O dia do ano com mais estreias de cinema.

A RTP não é la muito boa com programações de Natal. À tarde manteve os programas dos costume e à noite pôs os dois palhaços do canal (Fernando Mendes e Malato) no Circo.
Na SIC, estreia de Surf's Up, Wall-E, Feiticeiros de Waverly Place, Feliz Madagáscar e Shrek 3. Cometeu o erro de desperdiçar a estreia de Wall-E (nem chegou a passar ano e meio desde que esteve nas salas de cinema) e pô-lo a meio da tarde, ainda antes do filme dos feiticeiros da treta da Disney. O ano passado Ratatouille no horário nobre obteve valores excelentes. À noite, 20 minutos de Feliz Madagáscar, Shrek 3 (está a acabar agora enquanto escrevo) e depois vai dar Lemony Snickets, Mary Poppins e depois durante a madrugada, O Senhor dos Anéis (que na SIC já se tornou o senhor das madrugadas de Natal). Na minha opinião, as escolhas não foram más de todo (tirando os Feiticeiros que foram uma terrível escolha e podiam ter sido substituídos por um filme de Natal não animado). Wall-E deveria ter passado no horário nobre seguido de Shrek 3 (tinha dado tempo para os dois).
Pior, esteve a TVI com a estreia de Alvin & The Chipmunks e, vejam bem isto, duas horas de Morangos Com Açúcar antes do Jornal Nacional. E, para a noite da véspera de natal, um filme cheio de guerra: Transformers.
A SIC foi demasiado infantil durante a tarde e o início de noite, a TVI não sabe escolher filmes para o Natal. Pior será amanhã... Venha o diabo e escolha, menos mal foi a SIC. Tem o melhor filme do dia (WAll-E) apesar de o ter desaproveitado completamente...

Melhores Escolhas: SIC 2 - o TVI

[Actualização]:

Eu não disse que a SIC cometeu um erro ao espetar com o Wall-E para o meio da tarde e pôr aquele estúpido filme de feiticeiros da Disney (dobrado ainda por cima) antes do Jornal da Noite?? Tanto assim foi, que a SIC teve uma tarde para esquecer... A RTP1 é que se safou bem... Mas pronto, como não foi com cinema... Nem falo mais sobre isso. Apesar do infortúnio da SIC à tarde, também tal como tinha dito, os Transformers não foram boa escolha. Ganhou o Shrek 3 como seria de esperar...

Mas como a SIC só ganhou onde era esperável... A TVI é que saiu mais vitoriosa!

Audiências: SIC 1 - 1 TVI
E se Luke Skywalker tivesse Facebook?


Duelos de Natal (20/Dez)

Tanto a SIC como a TVI resolveram terminar a tarde de domingo com duas estreias de sequelas. A SIC, que continua a apostar fortemente nos filmes com a marca Disney, pôs no ar The Chronicles Of Narnia: Prince Caspian às 17h. A TVI apostou no muito mais curto Fantastic 4: Rise Of The Silver Surfer, que começou a sua emissão às 18h20. Apesar da maior audiência que o péssimo filme da TVI obteu (7.5/22.3), as aventuras em Narnia obtiveram um maior share (7.0/23.1). Pode-se dizer que não houve um verdadeiro vencedor, porque também as emissões não são completamente equiparáveis por causa da diferença de horários. Bem... veremos quem ganhará na próxima batalha.

Eu por cá, como já tinha visto esta sequela da Disney, fui ver que tal era o surfista prateado. Conclusão: o quarteto fantástico não é nada fantástico. Aliás, é uma completa desilusão. Péssimo filme, que não se compara à escolha da SIC.
(Nota: a RTP1 ganhou aos dois filmes dos privados com uma gala de Natal.)

Audiências: SIC 0 - 1 TVI
Melhores Escolhas: SIC 1 - 0 TVI
O quarto e, espero, último
E se Hans Solo tivesse Facebook?

E os nomeados para os Golden Globes são:

A temporadas dos prémios está prestes a começar, e foram agora revelados os nomeados para a 67ª Cerimónia dos Golden Globes.

Up In The Air vence em número de nomeações (6), seguido de Nine (5), Inglourious Basterds e Avatar (4) e Precious (3).

Melhor Filme: Drama

Avatar
The Hurt Locker
Inglourious Basterds
Precious
Up in the Air

Melhor Filme: Comédia/Musical

(500) Days of Summer
The Hangover
It’s Complicated
Julie & Julia
Nine

Melhor Realizador

Kathryn Bigelow, The Hurt Locker
James Cameron, Avatar
Clint Eastwood, Invictus
Jason Reitman, Up in the Air
Quentin Tarantino, Inglourious Basterds

Melhor Actor: Drama

Jeff Bridges, Crazy Heart
George Clooney, Up in the Air
Colin Firth, A Single Man
Morgan Freeman, Invictus
Tobey Maguire, Brothers

Melhor Actriz: Drama

Emily Blunt, The Young Victoria
Sandra Bullock, The Blind Side
Helen Mirren, The Last Station
Carey Mulligan, An Education
Gabourey Sidibe, Precious

Melhor Actriz: Comédia/Musical

Sandra Bullock, The Proposal
Marion Cotillard, Nine
Julia Roberts, Duplicity
Meryl Streep, It’s Complicated
Meryl Streep Julie & Julia

Melhor Actor: Comédia/Musical

Matt Damon, The Informant
Daniel Day Lewis, Nine
Robert Downey, Jr., Sherlock Holmes
Joseph Gordon-Levitt, (500) Days of Summer
Michael Stuhlbarg, A Serious Man

Melhor Actriz Secundária

Penelope Cruz, Nine
Vera Farmiga, Up in the Air
Anne Kendrick, Up in the Air
Mo’Nique, Precious
Julianne Moore, A Single Man

Melhor Actor Secundário

Matt Damon, Invictus
Woody Harrelson, The Messenger
Christopher Plummer, The Last Station
Stanley Tucci, The Lovely Bones
Christoph Waltz, Inglourious Basterds

Melhor Filme em Língua Não-Inglesa

A Prophet
Baaria
Broken Embraces
The Maid
The White Ribbon

Melhor Filme de Animação

Cloudy with a Chance of Meatballs
Coraline
Fantastic Mr. Fox
The Princess and the Frog
Up

Melhor Argumento

Distrit 9
The Hurt Locker
It’s Complicated
Up in the Air
Inglourious Basterds

Melhor Banda Sonora

Michael Giacchino, Up
Marvin Hamlisch, The Informant
James Horner, Avatar
Abel Krozeniowski, A Single Man
Karen O. e Carter Burwell, Where the Wild Things Are

Melhor Canção Original

“Cinema Italiano”, Nine
“I Want To Come Home”, Everybody’s Fine
“I See You”, Avatar
“The Weary Kind”, Crazy Heart
“Winter”, Brothers
Três segundos trailers: Chapeleiros, Chicotes e Deuses


Alice In Wonderland




Iron Man 2




Clash Of The Titans
Parabéns Simpsons

17 de Dezembro de 1989 - 2o anos
Avatar: duas horas e meia arrebatadoras

1:25 AM
Cheguei agora da ante-estreia do Avatar. Não tenho palavras para descrever todas as sensações, e emoções que este filme me fez viver. Magnífico. Um esplendor do outro mundo.
For Your Consideration (1)




Weaver, the Ghostbuster Spoiler
Numa recente entrevista, Sigourney Weaver não só falou na sua possível participação no novo capítulo da saga Ghostbusters, como ainda deixou escorregar uns pormenores importantes acerca do argumento deste terceiro filme.

"I might be in it; I see nothing wrong with being in it, although I don't think I will have a big part. I think Bill Murray has a little more to do with it - he's a ghost."

"I know that my little son Oscar - who was kidnapped from me - I think he has grown up to be a ghostbuster.


2 x 2: Iron Man e Clash Of The Titans

























Nova foto dos nossos brinquedos favoritos
Elementar Meu Caro Watson


Guy Ritchie traz-nos a última estreia do ano - 31 de Dezembro. É preciso dizer o título do filme?
"Carrie On"
Sex And The City 2, já não é demais?
O Poster Internacional de The Lovely Bones
Aqui fica o poster do mais recente de Peter Jackson.

Contra a discriminação de UP!

O ano passado Wall-E foi praticamente ignorado pela Academia. O inevitável Óscar de Melhor Animação não foi suficiente para honrar a peça cinematográfica criada pela Pixar. Esquecido nas outras categorias, a Academia parece que continua com preconceitos em relação aos filmes de animação. Veremos se este ano não se repete a situação. Desde as categorias mais técnicas, passando pela música, por Pete Docter e até ao argumento, Up tem tudo para ser merecedor de duas mãos cheias de nomeações. A campanha para as nomeações aos Óscares já começaram. Agora com dez nomeados à categoria principal, não tem como deixar Up de fora dos nomeados a Melhor Filme. Fico a torcer deste lado.
O negócio dos óculos
Esta Lusomundo tem que se lhe diga. Já sei que os filmes com tecnologia 3-D são mais caros (mais 2€ do que o preço normal) mas a falta de uma política séria e ecológica por parte desta e das outras companhias de cinema são de lamentar. Está certo que os dois euros reflectem-se nos óculos que têm que distribuir por cada bilhete. Mas pergunto-me se não seria muito melhor se os espectadores tivessem um desconto de, digamos, 1€ se já trouxessem os óculos 3-D de casa. Está certo que têm os contentores para reciclar os óculos à porta das salas, mas pergunto-me quantos desses não vêm danificados e quantas pessoas não levarão os óculos para casa e não os voltem a trazer?
Seria ganho-ganho, espectador-ambiente, pagaríamos menos e sem dúvida que não haveria um desperdício tão grande em óculos como tenho a certeza que há. É de lamentar a sede pelo lucro... Eu cá sei o que fazer: guardo os meus óculos e levo-os sempre que for ver um filme 3-D, na bilheteira são menos uns que têm que entregar...
"Here comes The Shining 2"
É verdade! Stephen King, famoso escritor de livros de terror, falou sobre a possível sequela do filme The Shining, de Stanley Kubrick.
Excerto retirado do MSN Entretenimento:
Em Toronto o escritor falou aos fãs sobre o seu novo livro “Under the Dome”, anunciando também que começou a trabalhar numa possível ideia para uma sequela de “The Shining”, publicada em 1977. Nesta sequela Danny, a personagem principal, terá 40 anos e trabalhará em Nova Iorque como assistente hospitalar num hospício para doentes em fase terminal.O autor pronunciou-se sobre Danny, referindo que a história da personagem estará ligada ás suas experiências passadas no “Overlook Hotel”, onde o seu pai tentou matá-lo e a sua mãe acabou por morrer. Ele é, aparentemente um assistente hospitalar, mas o seu verdadeiro intuito é facilitar a morte dos doentes com poderes psíquicos, enquanto lucra com a situação.

Contudo Stephen King afirmou em Toronto que ainda não está “completamente comprometido” com esta sequela e acrescentou: “Talvez se eu continuar a falar disto não terei de escrevê-lo”.
Filmes de Natal para fugir aos Filmes de Natal (1)
Natal. Época de paz, harmonia, consumismo, reunião familiar... e filmes de Natal. Das dezenas de filmes natalícios que as televisões passam nesta época, muito poucos valem a pena. Há que saber escolher para não ficar com a ideia que todos os filmes de Natal são maus. Aliás, nem todos são da Disney...


Love Actually de Richard Curtis


Uma comédia romântica britânica perfeita para uma noite à lareira com a cara-metade. Como é óbvio, passa-se durante o Natal. Elenco de luxo e orgulho nacional em alta, não fosse a nossa portuguesinha Lúcia Moniz fazer parte do elenco principal (embora tenham ocultado isso no poster original).
Primeiras imagens de Harry Potter And The Deathly Hallows

Finais Ambiguos
O Sun Times elegeu os Filmes com os 11 Finais Mais Ambíguos . Tudo isto para quê? Para escolher os finais que menos lhes agradaram. Ora vejamos alguns:

  • Casablanca (1942): para além de não gostarem de Ingrid Bergman não ficar com a sua paixão e ir embora de avião com o Paul Heinred, gostaram ainda menos de Humprey Bogart a caminhar com Claude Rains para um futuro homossexual. Isto pelo "It's a beginning of a beatiful friendship". Eu nunca vi a coisa deste prisma. Devem ter ficado paranóicos depois de ver Brokeback Mountain.
  • Chinatown (1974): outra coisa que não devem gostar é de calotes. Porque para eles Jake Gittes a sair do caso e não haver ninguém para lhe pagar é caso para torcerem o nariz ao final do filme.
  • The Godfather (1972): Michael mente a Kay e a porta fecha-se. Para mim foi final digno. Para outros não. Bem, não pensem na cena como o final. Pensem na trilogia toda, assim o final é com o Michael a cair da cadeira. Já dá pa satisfazer.
  • Bonnie And Clyde (1967): "Then what?" Queriam mais o quê? O funeral?
Uma lista que não compreendi muito bem. A começar pelo titulo: "...Worst Ambiguous..."
Cuidado, amanha vão soltar os vampiros
A tão aguardada (por alguns) estreia da sequela de Twilight chega amanhã às salas portuguesas. É melhor ter cuidado com a histeria que vão ser estes dias. Para ajudar os mais desatentos, resolvi criar um mini-manual de prevenção:
  • Evitem as filas das bilheteiras dos cinemas durante as horas de ponta. As adolescentes impacientes podem-se descontrolar.
  • Nunca, mas nunca vão ver New Moon nas primeiras duas semanas. É potencialmente perigoso partilhar a sala de cinema com tantas fãs dos vampiros.
  • Nunca falem mal de New Moon, ou digam "New Moon?! Que filme é esse?" à frente de raparigas com menos de 20 anos.
  • Usem um colar de alhos ao pescoço sempre que vão à rua. É melhor prevenir...
Todo este humor e sarcasmo para dizer: amanhã rebenta em Portugal a febre da vampirada. E promete atingir mais pessoas do que a Gripe A.
Posters de Nine



Excelentes notícias para Harry Potter
Excelentes condições para o regresso de John Williams, mesmo a tempo de concluir a saga Harry Potter. Segundo o IMDb:

"Composer Nicholas Hooper turned down the opportunity to score the final two films, saying that working on Harry Potter and the Order of the Phoenix (2007) and Harry Potter and the Half-Blood Prince (2009) took a toll on his family's personal life."

Só por si, a saída de Nicholas Hooper da composição da banda sonora dos últimos dois filmes é uma excelente notícia. Mas há mais:

"John Williams, who composed the scores to the first three films, has expressed interest in returning to score The Deathly Hallows."

Estão criadas as condições para John Williams, que criou temas musicais inesquecíveis na história do cinema (Superman, Star Wars, Indiana Jones, Jurassic Park, entre muitos, mas mesmo muitos, outros) regresse à saga Harry Potter para que esta termine com uma banda sonora à altura.
2012
O Apocalipse dos filmes catástrofe.

Roland Emmerich já nos enviou extra-terrestres para nos destruir (The Independence Day), já ameaçou a população com um lagarto gigante (Godzilla) e já nos congelou o hemisfério norte (The Day After Tomorrow). Como se ainda não bastasse, agora rebentou com o planeta inteiro.
Quanto à história, não há muito a dizer. Em 2009, cientistas descobrem que, devido a fenómenos solares, a crosta terrestre está prestes a sofrer transformações drásticas. Os líderes mundiais depressa arranjam um plano de construir autênticas Arcas de Noé no Tibete. Em dois anos, conseguem miraculosamente (este filme está cheio de miraculosamentes) construir tais monstros da engenharia em segredo mundial. Extraordinariamente, esta foi a parte que mais gostei do filme, em que vemos como é que numa situação extrema se concebe um plano de sobrevivência deste calibre.

Para além deste projecto de sobrevivência megalómano, que a pouco e pouco é-nos revelado, o filme segue a aventura miraculosa de Jackson Curtis (John Cusack) e sua família na tentativa de sobreviver à catástrofe global. Desde as ruas caóticas da Califórnia, às montanhas geladas da China, é impressionante como tudo acontece ao milímetro. Onde Jackson e a sua família pisam, no segundo seguinte está tudo destruído. Guiando por ruas misteriosamente sem trânsito e atravessando prédios inteiros em Los Angeles, escapando num jacto por entre uma cidade em ruínas, fugindo numa caravana de um vulcão em explosão, até escapar de um avião dentro de um Bentley, esta família consegue tudo e mais alguma coisa tornando este filme o ex libris das impossibilidades, coincidências e milagres. No fim de contas, a família atravessa o Pacífico com a ajuda de personagens que são autênticas caricaturas de estereótipos e após coincidências que nos deixam um cheiro nauseabundo a forçado, encontram e conseguem entrar nas enormes arcas de salvação (tão sofisticadas e seguras que permitem que vá tudo por água abaixo graças a alguém que conseguiu entrar sem ser convidado e encravou tudo com um simples cabo) que, em vez de terem espécimes férteis da espécie humana, estão cheias de velhos milionários.

Os efeitos especiais deslumbram na caótica destruição do planeta, quer seja pelo tsunami a invadir as montanhas do Tibete, a queda do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, a parafernália de caos nas ruas de Los Angeles, ou ainda o porta aviões John F. Kennedy a destruir a Casa Branca. Vale a pena ir ver ao cinema. Mas só por isto. Não contem com mais nada de novo. O resto é o de sempre já visto e reciclado. Um conjunto de situações e personagens cliches que deixam o espectador a adivinhar o que se vai passar. Não fosse o elenco de grandes actores, 2012 ainda metia mais água. É pena as personagens serem meros fantoches. O Chefe de Gabinete do Presidente (Oliver Platt) é perspectivado como o mau carácter, como já é costume neste tipo de personagem pragmático, mas que toda a gente precisa neste tipo de situações. A filha do Presidente (Thandie Newton) é uma mera figurante. É vendida como sendo uma personagem de alguma relevância, mas no final não passa de um muitíssimo forçado par romântico para o geólogo Hemsley (Chiwetel Ejiofor), já que o filme era exactamente igual sem ela. Esta corrida desenfreada de sobrevivência não dá sequer espaço para desenvolvimento dos personagens, embora também não seja preciso muito, porque já todos conhecemos estes heróis dos filmes americanos...
Concluindo: 2012 tem efeitos especiais, efeitos especiais e ainda efeitos especiais.


Uma Curta da Pixar: George and AJ
Ao que parece esta curta-metragem em 2D só estará disponível no Blu-Ray de Up. De qualquer forma, aqui fica a curta exclusiva do filme Up que segue os dois empregados do lar de Shady Oaks, depois de presenciarem a fuga de Carl na sua casa voadora. Esta curta vem no estilo de animação de Your Friend The Rat. Foi escrita e realizada por Josh Cooley.


Julie & Julia
Uma agradável comédia que nos dá vontade de fazer algo excepcional. Sim, somos normais, não somos excepcionais, mas podemos fazer muito mais do que aquilo que somos.
Com muitos paralelismos, o filme retrata duas histórias reais que se cruzam apenas através da cozinha. Julia Child (Meryl Streep) a fazer crescer a sua paixão pela cozinha na França da década de 50, simplesmente porque não tinha nada para fazer. Julie Powell (Amy Adams) em Nova York pós 11 de Setembro a ser salva de uma crise existencial através do livro de Child "Mastering The Art Of French Cook".

Julia Child: a corajosa, forte e amorosa americana que foi viver para Paris depois da 2ª Guerra Mundial descobriu a sua paixão e talento para a cozinha por um simples razão: adorava comer e não tinha nada para fazer. Os maneirismos de Streep e o seu dom para domar qualquer sotaque deram-nos uma Julia Child que facilmente nos convence da riqueza da pessoa e da sua entrega à cozinha. Pode parecer demasiada caricatural, mas bastará ver um dos antigos vídeos dos programas de culinária de Julia Child, que nos apercebemos rapidamente que ela é tão entregue, energética e característica quanto Streep a representa. O seu marido Paul (Stanley Tucci) tem uma tamanha importância em toda a personalidade de Julia que, sem esta dinâmica do casal, a sua vivacidade e alegria de viver não seriam a mesma. Desde os gags hilariantes de Julia Child na escola de culinária, até à emocionante concretização do seu livro, a deliciosa história da famosa cozinheira tem um gostinho especial só possível graças à ternura e simplicidade de Streep.

Julie Powell: a trintona, frustrada e sonhadora americana que trabalha num cubículo que não a deixa subir na vida. A sua vontade de querer fazer algo na vida de que se orgulhe leva-a a pegar no livro de receitas de Julia Child. 365 dias, 524 receitas. Um blogue onde regista o seu ano de entrega, sacrifício e concretização que a pouco e pouco tem cada vez mais seguidores. O seu fascínio por Julia chega a ser enternecedor a ponto de ser impossível não sentir compaixão pela determinada aspirante a escritora/cozinheira. Tal como para Julia, o marido de Julie (Chris Messina) torna-se mais do que um apoio, uma peça fundamental para esta se manter inteira e realizar-se pessoalmente. A promissora Amy Adams transmite uma doçura que derrete os corações de manteiga que se vão deliciar com estas duas horas tão agradáveis que, depois de ver o filme, dão uma vontade enorme de cozinhar um proeminente boeuf bourguignon. Tudo isto com comédia e drama q.b.
Não esquecer a partitura de Alexander Desplat (The Curious Case Of Benjamin Button) que recheia o filme com uma saborosa melodia. Nora Ephron consegue ainda sublinhar a importância de sermos normais. Não somos fantásticos nem conseguimos feitos grandiosos. E depois? Qual é o mal? Mesmo assim, saio da sala de cinema com uma vontade enorme de concretizar algo. Ainda bem. Que todos os filmes fossem assim. Uma receita perfeita para fugir aos apocalipses e aos vampiros que assombram as salas de cinema neste Inverno.


Um trailer repetitivo para It's Complicated


Mais um trailer de It's Complicated que pouco ou nada adiciona ao sobre o filme. Tal como este post, que pouco ou nada adiciona ao primeiro.
E o realizador de Piratas das Caraíbas 4 é...

Para mim foi uma surpresa saber que Rob Marshall (Chicago, Memoirs Of A Geisha e Nine) será o realizador da quarta aventura de Jack Sparrow. A notícia já foi confirmada pela Disney e pelo próprio realizador. Esta mudança radical, já que Marshall tem um currículo curto, mas muito bom, é capaz de levar Pirates Of The Caribbean: On Stranger Tides no rumo certo. Isto é, não tornar o filme em apenas mais um, porque sabemos muito bem que este filme só existe para satisfazer a sede da Disney por dinheiro.
Guido Contini e o cinema italiano: 2º trailer de Nine


Um dos filmes mais esperados do ano, e que será um dos favoritos na noite dos Óscares, é Nine. Depois de Chicago, Rob Marshall regressa com mais uma adaptação musical ao grande ecrã.
Dogthoot vence o Estoril Filme Festival
Não tive lá muita sorte, que não tive possibilidade de a ir mais do que três dias de festival. Antes o pouco e bom que tive do que nada. Aqui fica o trailer do filme vencedor: Dogthoot.

Para o ano há mais!
As Ante-Estreias do Estoril Film Festival (8)


Antichrist de Lars von Trier (13/11)
Eu, no Estoril Film Festival (8 de Novembro)

Um dia para não esquecer!

Cheio de ansiedade por ver Francis Ford Coppola na mesma sala de cinema que eu, este seria o dia alto de todo o festival. Lá parti para o Estoril com os nervos à flor da pele. Cheguei bem a tempo de ver o Moon. Arranjei um bom lugar, na fila do júri do festival, algumas cadeiras à minha direita lá estava o David Byrne. Moon foi e não foi o que eu pensava. Estava à espera de um bom filme (e assim foi), mas não pensei que tivesse aquela abordagem. A história de um homem sozinho numa estação espacial na Lua durante três anos, cujo único contacto era com um computador, dava pano para mangas para um drama psicológico. Assim foi, mas não tão tão directo como eu esperava. Cheguei a ficar confuso e a torcer o nariz ao caminho que o filme estava a levar, mas lá para o fim fiquei convencido com aquele enredo futurista-negro. Sam Rockwell contracena com ele próprio e com a voz de Kevin Spacey (o computador de serviço da estação espacial). Entre a ficção científica e o suspense, Moon tem uma boa performance que vale a pena ir assistir ao cinema.
Depois deste título de ficção científica, esperava-me o drama familiar de Coppola, Tetro. Não me afastei muito do auditório e fui logo dos primeiros a entrar, garantido assim um bom lugar (na coxia, para mais facilmente tentar garantir o tão desejado autógrafo). A multidão foi preenchendo o auditório, ficando assim as 600 pessoas à espera de Francis Ford Coppola: a estrela da noite (da semana, do mês, sei lá). Entre essa vaga de espectadores, os fotógrafos preferiram o tão famoso ex-ministro da economia, Manuel Pinho. Depois da sala composta, deu entrada Coppola que subiu ao palco sob a audiência que aplaudia em pé a entrada do cineasta. Muito bem disposto, fez uma pequena introdução ao filme e escapuliu-se para fora da sala (estava à espera que também fosse assistir connsco). Bem, quanto ao filme, só digo que é um dos melhores filmes de Coppola e, sem dúvida, o mais pessoal. Não é a minha opinião, foi o próprio realizador que na conversa com o público, que durou cerca de uma hora, fez questão de sublinhar a importância de o filme ter sido pago por ele. Deu-lhe toda a liberdade criativa para fazer o filme que queria, como queria, com quem queria.
A história do drama familiar de dois irmãos que se reencontram após anos de ausência, está soberbamente construída. Desde a relação entre os dois, às personagens secundárias (todas elas cheias de uma personalidade própria e deveras importantes para todo o conflito da família Tetrocini). Desde o re-encontro ao desenvolvimento final, a evolução da relação dos dois irmãos e a revelação dos problemas familiares que sofrem tem um ritmo próprio, com acontecimentos dramáticos e cómicos que deixam o espectador confortável, já quase nem se apercebendo que o filme é a preto e branco (depois de ver o filme, penso que não o iria querer ver a cores).
Bem, depois do filme, Coppola voltou a subir ao palco do auditório, novamente com uma multidão a aplaudir com vigor, desta vez acompanhado por Paulo Branco e dois elementos da sua equipa técnica. As pessoas que não tinham bilhete para o filme entraram na sala para ouvir o realizador, preenchendo os corredores da sala. Com centenas a ouvi-lo, Coppola foi respondendo às perguntas dos portugueses que tanto queriam conhecer melhor o mestre por detrás de The Godfather (e eu fui um dos que falou para ele!!!!). Com uma postura descontraída, Coppola conduziu muito bem a conversa com o público que ouvia maravilhado (pelo menos eu estava). Não vou aqui mencionar tudo o que lhe perguntaram e que ele respondeu, mas entre perguntas sobre Tetro, a oferta de uma garrafa de Vinho do Porto, e outros filmes do realizador, não podia deixar de ser mencionado The Godfather. Coppola soube brincar com o filme que o persegue e que o lançou como um dos maiores cineastas do seu tempo. Ao ver alguns fãs a acenar com os DVD's de The Godfather, desabafou entoando o tema musical do seu filme que mais sucesso teve: "At least I don't have to hear Tarataranana...". À saída, muitos esperavam o seu autógrafo. Não assinou mais do que a três ou quatro pessoas e saiu. A melhor: eu fui um dos três ou quatro. Agora tenho em casa a capa do DVD do The Godfather autografada pelo próprio Coppola. O meu dia não podia ter corrido melhor!!!!!!!!!!!
O 1º trailer de Clash Of The Titans



Era desnecessário um trailer rock.
Novo Poster de Alice In Wonderland


Eu, no Estoril Film Festival (7 de Novembro)

A prova de que os filmes portugueses não são ou chatos, ou com seios à mostra.

Cheguei um pouco antes do tempo e deparei-me logo no lobby de entrada com não sei quantos "morangos". Para além destes, que não interessam nada, fiquei surpreso ao ver Miguel Guilherme (o António Lopes de Conta-me Como Foi). Um grande senhor, tenho pena de não ter lá papel e caneta para lhe pedir um autógrafo. Vagueei por lá e, pouco depois, lá entrei para o auditório no Centro de Congressos. Encontrei um bom lugar ao centro, na parte de trás. Dava para ver tudo. Entraram mais uns tantos actores conhecidos da televisão, entre eles, Rogério Samora (lembrei-me logo do Scar d'O Rei Leão). A sala compôs-se, quase cheia, e depois o realizador, Fernando Lopes, entrou ao som de uma salva de palmas e apresentou o filme. De seguida, começou Os Sorrisos Do Destino.
Com Ana Padrão e Rui Morrison a darem toda a personalidade e força que os seus personagens pediam, o filme dá conta de, pelas palavras do próprio realizador, infidelidades electrónicas e amores virtuais. Este grito de revolta contra as tecnologias de comunicação que têm afastado as pessoas foi a clara mensagem que Fernando Lopes fez passar, que, com muita emoção, fez questão de sublinhar perante toda a plateia. Era claro o seu gosto em estar frente a frente com o seu público e olha-lo de olhos nos olhos. Os actores do filme produzido por Paulo Branco juntaram-se ao realizador para a conversa com o público. Após duas perguntas de estudantes de cinema que me deixaram a rir por dentro e a bocejar por fora ("Qual é o segredo para fazer uma obra prima como esta?" "Que conselhos dá a jovens realizadores...."), decidi ir embora e tentar chegar a casa mais cedo. O dia seguinte, esse sim ia ser em grande...