The Boat That Rocked
Richard Curtis (argumentista de Nothing Hill e Love Actually e realizador de Love Actually) desilude na componente que seria o seu ponto forte: o argumento. O filme acaba por se arrastar sem termos verdadeiramente uma linha condutora ou mesmo um objectivo para as personagens. Pronto, o filme peca nisto, mas os críticos do Público (isto sem querer mensionar o nome do Jorge Mourinha) odiaram esta pérola de Verão. O ponto essencial da crítica dele foi precisamente o argumento. Mas mesmo assim, ficou-se por uma estrela. O filme desilude, já que esperávamos um argumento muito mais rico e completo por parte de Richard Curtis, mas não vale a pena ficarmos com a visão enevoada por este ponto fraco. O filme é muito divertido, tem um elenco de fazer inveja (que fantásticos Bill Nighy, Philip Seymour Hoffman e Nick Frost!) e a personalidade britânica está fortemente vincada nesta comédia que dá dez a zero às já mais que repetidas e maçadoras comédias românticas americanas (isto sem querer mensionar The Proposal). O conjunto de cromos e figuras que dão vida ao tão carismático barco foram muito bem criadas, tendo o filme um conjunto de personagens muito bem definidas e caricatas que dão azo às mais divertidas e inesperadas situações. Para além disto tudo, não esquecer o tema do filme. Os anos de ouro do pop-rock! O tema e o contexto sócio-político, bem como a banda sonora, não deixam que o filme se afunde nem por um segundo. É impossível não mexer o pé. Let's Dance!

Portanto, sem esquecer as críticas mordazes e eficientes dos críticos do Público, se já estão fartinhos de ir ver sempre os mesmo blockbusters de Verão, não há melhor do que o muito britânico (e ainda bem) The Boat That Rocked.
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