Eu, no Estoril Film Festival (7 de Novembro)

A prova de que os filmes portugueses não são ou chatos, ou com seios à mostra.

Cheguei um pouco antes do tempo e deparei-me logo no lobby de entrada com não sei quantos "morangos". Para além destes, que não interessam nada, fiquei surpreso ao ver Miguel Guilherme (o António Lopes de Conta-me Como Foi). Um grande senhor, tenho pena de não ter lá papel e caneta para lhe pedir um autógrafo. Vagueei por lá e, pouco depois, lá entrei para o auditório no Centro de Congressos. Encontrei um bom lugar ao centro, na parte de trás. Dava para ver tudo. Entraram mais uns tantos actores conhecidos da televisão, entre eles, Rogério Samora (lembrei-me logo do Scar d'O Rei Leão). A sala compôs-se, quase cheia, e depois o realizador, Fernando Lopes, entrou ao som de uma salva de palmas e apresentou o filme. De seguida, começou Os Sorrisos Do Destino.
Com Ana Padrão e Rui Morrison a darem toda a personalidade e força que os seus personagens pediam, o filme dá conta de, pelas palavras do próprio realizador, infidelidades electrónicas e amores virtuais. Este grito de revolta contra as tecnologias de comunicação que têm afastado as pessoas foi a clara mensagem que Fernando Lopes fez passar, que, com muita emoção, fez questão de sublinhar perante toda a plateia. Era claro o seu gosto em estar frente a frente com o seu público e olha-lo de olhos nos olhos. Os actores do filme produzido por Paulo Branco juntaram-se ao realizador para a conversa com o público. Após duas perguntas de estudantes de cinema que me deixaram a rir por dentro e a bocejar por fora ("Qual é o segredo para fazer uma obra prima como esta?" "Que conselhos dá a jovens realizadores...."), decidi ir embora e tentar chegar a casa mais cedo. O dia seguinte, esse sim ia ser em grande...
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