A Premiere precisa de um abanão
Premiere: a única revista portuguesa de cinema que podemos encontrar nas bancas do nosso país. A revista foi pela primeira vez publicada em França em 1970, tendo a sua homónima portuguesa nascido em 1999. Em Outubro de 2007, a revista é descontinuada pela empresa responsável. José Vieira Mendes, director editorial da publicação, passou um ano a negociar os direitos da revista com a antiga editora (Hachette) e a tentar estabelecer uma nova parceria. Fruto da perseverança do próprio, é o regresso da Premiere pela Multiplicações. Precisamente um ano depois de ter sido descontinuada a Premiere volta com Brad Pitt na capa (foi com este que também foi lançada em 1999). Após um ano e alguns meses da II série da revista, o balanço não é muito positivo. Os fãs queixam-se da pobreza dos artigos, da pouca variedade das críticas, da reduzida informação sobre novas estreias, etc. Analisando a estrutura da Premiere é fácil detectar problemas em algumas secções:
  • Críticas: a abrir a revista, as críticas começam por ser poucas (cerca de 8 filmes por mês) e muito curtas (tirando um ou dois destaques). Era de saudar que para uma revista mensal se ocupassem de mais filmes.
  • News: poucas, curtas e muitas delas fora de prazo.
  • Cenas quentes: uma página que nem guilty pleasure é. Poderia ser uma rubrica mensal bem mais interessante.
  • Antecipação: em vez de duas ou quatro páginas, poderiam ser dez ou quinze.
  • Antevisão 2010 (edição Jan/10): uma análise muito pobre aos filmes por estrear. Ficha técnica e apenas uma sinopse curta dos filmes. Era perfeitamente possível fazer-se um comentário mais pessoal e personalizado a cada filme.
  • Estreias do mês: tirando um ou dois destaques mensais, as restantes estreias pouca informação têm... Este mês, o novo filme de George Clooney, Up In The Air, é apenas mencionado em 1/6 de página na secção Antevisão 2010.
  • Cinema em casa: limita-se a analisar os lançamentos de meses anteriores. Para quem quer saber os DVD's a lançar no mês presente, não vai encontrar cá nada.
É de lamentar, mas parece que se limitam ao necessário e deixam a preguiça bloquear novas coisas. Outros casos são assinaláveis noutras edições. A título de exemplo, no número de Agosto de 2009 várias páginas foram ocupadas por uma secção completamente publicitária sobre a Audi, com a desculpa de analisar os filmes onde os carros da empresa aparecem.
O já conhecido caso do blog da revista, Deuxieme, é outro ponto de conflito pois desde o dia 2 de Novembro que o blog foi esquecido (pelos autores), sem qualquer justificação para quem o consulta todos os dias à espera de novos posts. Os comentários continuam, mas quanto à administração, nada.
É-me difícil como leitor fiel da Premiere criticar a publicação que tem vindo a arrastar-se mês a mês, mas merecem um abanão porque nós, os leitores, não estamos a par do funcionamento e dificuldades da equipa e custa-nos ver a qualidade da revista a cair. E pelo declínio de que muitos se queixam já é altura de fazer alguma coisa. Ainda mais com o recente aumento de preço e com revistas importadas como a Empire que se encontram facilmente em papelarias de centro comercial.
Nota: eu compro mensalmente a Premiere e a Empire. Por muito fraca que a Premiere seja continuarei a comprá-la todos os meses.

Quem estiver a ler, que comente e se queixe ou diga o que acha. Quantos mais, melhor para sermos ouvidos e para que se tome acção do lado de lá.
2 Responses
  1. Dinis Says:

    Com grande pena minha, este mês será o primeiro em que não irei comprar a Premiere... Era um fiel leitor da Premiere desde o nº 0... mas com o aumento do preço (esqueceste-te deste detalhe na tua análise) e com o decréscimo da qualidade e quantidade, a minha decisão está tomada. Nem vou mencionar a questão do blog...

    ...e não comprei a Empire por não a encontrar nas estantes.


  2. Anónimo Says:

    segui de perto o renascer da revista..e a verdade é que a equipa é mt pequena e os poucos teem que fazer mt...n q isto seja desculpa n é. n ah possivel desculpa p a falta de respeito para com os leitores. n deve faltar mt p o final da revista, fazendo as graças de mta gente. é pena.